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Índice IVAR: Entenda o que é esse novo indicador

Índice IVAR: Entenda o que é esse novo indicador

Publicado em 27 de janeiro às 15h14

Índice IVAR: Entenda o que é esse novo indicador

Nas últimas semanas, a FGV (Fundação Getúlio Vargas) lançou o IVAR, o Índice de Variação de Aluguéis Residenciais. A ideia foi criar uma alternativa ao IGP-M (também criado pela FGV), uma vez que, há mais de dois anos, ele não representava corretamente a realidade dos imóveis alugados. No entanto, esse novo índice foi visto com um pé atrás pelo mercado. 

Nesse artigo, vamos explicar melhor o que é esse índice, por que o mercado possui ressalvas com relação a ele e quais são as informações que podemos tirar dele. Venha conosco!

O que é o IVAR?

O índice IVAR foi lançado como uma alternativa para o IGP-M específica para isolar a variação de preços dos aluguéis residenciais. Sua base de cálculo serão os valores cobrados em quatro capitais brasileiras: Belo Horizonte, Porto Alegre, Rio de Janeiro e São Paulo. O acompanhamento será mensal, assim como os demais índices. 

A ideia é mudar a base de cálculo utilizada para reajustar o valor dos aluguéis das residências do país. Como eles utilizavam o IGP-M, o valor da variação era muito alto, e rapidamente as parcelas cresciam para valores além do bolso do brasileiro. E isso não necessariamente refletia o mercado imobiliário, tratava-se apenas de um aumento “para acompanhar o restante dos produtos”.

Por exemplo, se observarmos o IVAR de dezembro de 2021, o valor total foi bem diferente dos demais índices para o mesmo período, marcando -0,61%. Segundo os dados da própria FGV, o subitem relacionado ao aluguel residencial do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo, do IBGE) ficou em 6,98%, enquanto o subitem correspondente do IPC (o índice da FGV) ficou em 4,45%. 

Quais são as ressalvas?

O principal ponto mencionado pelos estudiosos do mercado imobiliário é a pequena amostra de aluguéis que é estudada para a elaboração do índice. Assim, em outros locais do Brasil (como a região Nordeste, por exemplo), a realidade pode ser diferente, e o IVAR pode não acompanhar as mudanças na mesma velocidade.

Para exemplificar, comparamos o valor dado pelo IVAR para as quatro capitais estudadas em dezembro de 2021 com outras quatro demograficamente diferentes. Se em Belo Horizonte a variação foi de 1,46%, em Florianópolis foi de 14% (segundo o índice da RAL, a Rede Avançada de Locação). Se em São Paulo foi de -1,83%, em Goiânia foi de 14,69%, de acordo com a RAL. Assim, aumentar a abrangência do IVAR pode torná-lo mais confiável e representativo, ou até seja um caminho dividí-lo de fato entre as localidades. 

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Conclusão

Por conta desses fatores, e pela recência desse índice, ainda não é obrigatória a adoção do IVAR. Por hora, trata-se de uma alternativa para o contratante, mas são necessários mais testes e estudos para de fato os participantes do mercado baterem o martelo quanto à aplicabilidade (ou o esquecimento) do índice.

De qualquer forma, trata-se de um número para ficar de olho, seja você o inquilino ou quem aluga, desde o início de um processo de aluguel até uma eventual necessidade de “correção dos preços”.

Acompanhe as postagens da Jinn para ficar por dentro do mercado imobiliário e fazer as melhores decisões para o seu negócio!

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