
Uma introdução sobre o mercado financeiro
Uma introdução sobre o mercado financeiro
Há algumas semanas, preparamos um artigo sobre fundos de investimento imobiliários, que são “uma comunhão de recursos destinados à aplicação em ativos relacionados ao mercado imobiliário. Cabe ao administrador, uma instituição financeira específica, constituir o fundo e realizar o processo de captação de recursos junto aos investidores através da venda de cotas”, segundo a definição da B3 (a Bolsa de Valores do Brasil). Se quiser saber mais sobre esse modelo de investimento, basta clicar aqui.
Porém, nesse texto, mencionamos alguns termos e conceitos que podem não ser tão familiares para qualquer leitor. Por exemplo, citamos a própria B3, a nossa Bolsa de Valores, e a sua definição não é algo tão simples assim. Por isso, decidimos dar um passo para trás e definir alguns conceitos sobre o Mercado Financeiro como um todo.
O que é o mercado financeiro?
Quando nos deparamos com o termo “mercado financeiro”, logo pensamos em bancos, instituições de financiamento e outros que mexem diretamente com dinheiro. De certa forma, a definição não está errada, mas também não é exatamente isso. Na verdade, é definido como mercado financeiro aquele em que o principal produto comercializado são ativos (ou seja, a compra e venda de ativos).
Vale lembrar que um ativo pode ser um bem, uma conta, valor de crédito, ações, câmbio, mercadorias, aplicações financeiras, reservas e vários outros (como enumerado pelo Santander). Pela definição de contabilidade, trata-se de um valor que represente um bem, um direito ou uma propriedade que uma empresa, uma pessoa ou uma instituição possui em seu nome. Eles podem ser tangíveis (ou seja, que você consegue tocar) ou intangíveis (ou seja, que são ideias, conceitos, patentes ou qualquer outro que não é palpável).
Então, o mercado financeiro é aquele em que são comercializados esse tipo de mercadoria. Em cada uma dessas negociações, são envolvidas, normalmente, três partes: os compradores (que podemos nos referir aqui como investidores), os vendedores (também chamados de tomadores de recursos), as instituições e os agentes reguladores (que garantem o cumprimento legal das transações)
Por exemplo, se você desejar pegar um financiamento imobiliário, você é o tomador de recursos, e o banco (ou instituição financeira) escolhida é o investidor. Isso porque esse agente está te concedendo uma quantidade do dinheiro dele para você usar para alguma outra coisa. Podemos dizer que ele “comprou” o seu financiamento, o que teve um custo para ele. Ele possui um ativo: o seu crédito imobiliário. No entanto, ele não apenas emprestou o dinheiro: ele colocou uma taxa de juros, que tornará o montante devolvido para ele maior do que o empréstimo inicial. Por isso o termo investidor: ele primeiro compra o ativo, e depois recebe os juros que esse modelo oferece.
Então, a função do mercado financeiro, assim como de outros mercados, é juntar compradores e vendedores interessados. Juntar potenciais investidores com potenciais tomadores de recursos, para que sejam encontrados os melhores negócios em termos de prazo, valores, taxas de juros e muito mais. E, como todo mercado também, para institucionalizar leis e regras das transações, para garantir que essas negociações sejam saudáveis e os dois lados consigam valorizar os seus interesses.
O que é vendido nesse mercado?
Agora que sabemos o que são os ativos, podemos enumerar aqui quais são os principais tipos que são negociados no mercado. Para simplificar, vamos tratar de casos em que o comprador é, na maior parte dos casos, uma pessoa física, e que o ativo é mais comumente associado com o termo investimento. Dadas as considerações, podemos citar: títulos privados, títulos públicos, fundos de investimento e ações.
Os títulos, tanto públicos quanto privados, são papéis de “compromisso de pagamento” assinados por um agente. No caso dos títulos públicos, trata-se de papéis emitidos pelo governo, garantindo prazo de pagamento, taxa de juros e outros após a compra desse termo. É como se você comprasse um papel (que tem valor simbólico) para provar que você está emprestando dinheiro para o governo, que deverá devolver essa quantidade em x anos acrescida de juros.
O título privado segue a mesma lógica, com a diferença de que o emissor desse papel é uma empresa privada. Normalmente, são negociados por empresas do mercado financeiro mesmo, para que consigam mais capital de giro (ou seja, dinheiro na conta) para pagar empréstimos que tenham concedido. O funcionamento é praticamente o mesmo do título público.
Os fundos de investimento nós explicamos nesse artigo, mas resumidamente são grupos de investidores que recebem a quantia que você pagou e fazem seus próprios investimentos em um segmento específico, e, de acordo com os resultados (ganhos ou perdas), devolvem o dinheiro para você (aqui, então, tratamos de um caso de renda variável, em que é possível ganhar ou perder).
Para finalizar, ações são “pedaços” de uma empresa que estão para venda. Assim como todos os ativos detalhados acima, há vários tipos possíveis de ações: você pode ter participação nas decisões da empresa ou não (a depender do modelo que foi pré-estabelecido). Assim, a compra aqui é de um percentual da empresa propriamente dita (geralmente, uma fração muito pequena). Essas ações são negociadas em Bolsas de Valores, como a B3 que citamos acima.
Todos esses conceitos são muito maiores do que colocamos aqui. Mas não se preocupe: vamos discutir mais sobre esse mercado e sobre esses conceitos nos próximos artigos. Isso é a Jinn se preocupando com a gestão do seu dinheiro!
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