O ano de 2021 foi marcado pelo reaquecimento dos mercados após o avanço no combate ao coronavírus e à retomada das atividades de forma presencial. E, entre os setores que apresentaram crescimento, está o mercado imobiliário. O financiamento atingiu valores recordes: a Caixa Econômica Federal concedeu mais de R$140 bilhões no ano em crédito, o que representa 21% a mais do que em 2020.

Isso corresponde a 6,1 milhões de contratos ativos em 2021 conduzidos pela Caixa, representando aproximadamente dois terços de todos os contratos do mercado nesse período. Outro dado interessante foi a quantia emprestada às empresas de construção civil: mais de R$31,3 bilhões, um aumento de 27,1% em relação ao ano anterior.

Em uma transmissão ao vivo, Pedro Guimarães, presidente da Caixa, comentou que a previsão para 2022 é que esse valor cresça em torno de 10%, com o mês de Janeiro sendo um dos melhores da história (o valor final ainda não foi definido). Aliado a esse crescimento, Pedro comentou que as taxas de juros tendem a estagnar, para incentivar ainda mais a abertura de novos processos.

Vale lembrar que a taxa Selic está em 9,25%, e, ainda essa semana, o Copom (Comitê de Política Monetária) anunciará o novo valor, que deve ser em torno de 10,75% segundo os especialistas. Assim, a tendência é que os bancos ajustem a taxa de juros, dado que terão que pagar o custo de captação (uma taxa paga pelas instituições financeiras que incide sobre o crédito do mercado, com valor igual à Selic). Assim, seria um diferencial do banco caso as taxas sejam mantidas.

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No entanto, pela primeira vez desde 2017, a Taxa Referencial (de 1%) voltou a ser cobrada em processos como esse, aumentando de forma indireta o custo total da operação para o cliente. A Taxa Referencial (TR) é um complemento criado pelo Banco Central à Selic quando seu valor passa de 8,5%, que também é cobrada em um processo de crédito imobiliário (ou pelo menos 94% deles, que não utilizem o IPCA, a poupança ou um valor fixo para estabelecer o juros).

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