
Megaempreendimentos e investimento internacional
Megaempreendimentos e investimento internacional
Existem vários bilionários pelo mundo. Pessoas com mais dinheiro e investimentos do que muitos de nós jamais sonhamos em ter, que sempre procuram as melhores alternativas para o dinheiro render e para gerar um impacto, uma marca onde investem. E Jorge Pérez, bilionário de 72 anos conhecido como “Rei dos Condomínios de Miami”, entrou como sócio em um megaempreendimento na cidade de São Paulo.
Contando um pouco mais do que será feito, trata-se da construção do Parque Global, um projeto que contará com cinco torres residenciais (de 46 andares), um shopping, um hotel e até um Centro de Inovação, Educação e Saúde. A previsão é que ele fique pronto até 2027. A ideia é construir uma “mini cidade” no espaço, semelhante a outros empreendimentos de luxo na cidade como o Parque Cidade Jardim.
O bilionário, que é fundador da Related, empresa imobiliária norte-americana responsável por projetos como esse nos Estados Unidos e na América Latina, hoje é presidente do conselho dessa mesma empresa, se associou ao grupo brasileiro Bueno Netto para a construção do Parque Global.
Essa notícia pode não impactar você diretamente, mas é interessante entendermos o porquê desse investimento internacional e o que ele pode significar para o mercado imobiliário brasileiro. O primeiro ponto interessante é a tendência do aumento desses tais megaempreendimentos por todo o mundo, uma vez que oferecem lazer e segurança para os moradores, além de conseguir trazer a sensação de estar ao ar livre para eles.
Claro que esses megaempreendimentos não são democráticos, e apenas os mais ricos conseguem comprar um apartamento neles. São verdadeiras bolhas, já que os moradores apenas precisam deixá-la para estudar ou trabalhar (podem fazer compras no condomínio, podem se exercitar e se divertir, e até mesmo cuidar da saúde em um hospital que fica no “seu quintal”). Mas elas revelam um aumento da preocupação com a segurança e da tendência de as pessoas se fecharem cada vez mais em seus muros para evitar os problemas que estão fora dessa bolha.
Alguns serviços desse condomínio, como o shopping center, estarão abertos para que todas as pessoas possam visitar. Haverá pontes de acesso restritas para os moradores, mas qualquer pessoa poderá fazer compras lá. Além do argumento financeiro (seria inviável sustentar um shopping apenas com os moradores como clientes), a ideia dessa abertura é permitir uma integração entre a cidade e o condomínio, tanto trazendo visibilidade para o empreendimento quanto para que os moradores não se sintam isolados. Haverá também uma estação de transporte público próxima ao shopping.
Além desse empreendimento, Jorge Pérez indicou em entrevista para a Exame que possui interesse em construir mais alguns projetos na cidade, na região da Faria Lima e outro próximo ao Parque Global. Ele argumentou que a localização precisaria ser perfeita para que isso fosse possível, afinal trata-se de um projeto grande (tanto em termos de investimento quanto em tamanho). Porém, acredita que o Brasil seja um ótimo país para investir em longo prazo.
O país possui algumas barreiras, na visão dele. Ele acredita que, assim como vários países da América Latina, o Brasil possui uma moeda que flutua muito, dificultando a previsibilidade de preços para a construção de um projeto. Além disso, a mobilidade urbana pode ser um agravante, mas os megaempreendimentos normalmente antecipam isso e criam áreas acessíveis com transporte público, bicicletas ou até mesmo a pé.
Segundo ele, seus empreendimentos em São Paulo e Miami, que foi a cidade onde conquistou sua reputação e patrimônio, são semelhantes. Acredita que os desejos das pessoas são semelhantes, querendo conforto em seus imóveis, que tendem a ser cada vez mais inteligentes e integrados em sistemas de controle remoto. Inclusive, ele disse que os principais clientes de seus projetos nos EUA são brasileiros.
Em linhas gerais, o Parque Global é um projeto isolado, fruto da estratégia de crescimento de uma empresa norte-americana (a Related) em parceria com a Bueno Netto. Mas, se olharmos com mais atenção, vemos uma tendência comportamental das pessoas de maior renda: desejar imóveis cada vez mais equipados e mais isolados do restante da cidade, mas que permitam lazer e serviços essenciais para os moradores. Além disso, vemos uma tendência econômica de investimento no país, que possui mercado para esses grandes empreendimentos. Assim, uma vez atraídas, as construtoras e incorporadoras internacionais podem criar empreendimentos modernos em parceria com empresas nacionais, por um preço mais acessível.
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