
Microapartamentos são mais da metade dos lançamentos em SP
Microapartamentos são mais da metade dos lançamentos em SP
Provavelmente, você já percebeu que, nas ruas onde você passa para ir trabalhar, fazer compras ou até mesmo se divertir, o número de prédios aumenta constantemente. Mas, esses novos prédios estão diferentes: são menores, com apartamentos de até 45 m2. Conhecidos como microapartamentos, esses imóveis são cada vez mais populares em todos os estados do país.
Por definição, um apartamento studio é uma “edificação compacta com ambientes integrados e poucas divisórias, que apenas setoriza os quartos e banheiros”, segundo definição da Casacor. Segundo ela, não há necessariamente uma metragem (ou seja, tamanho) específica que define esse tipo de imóvel. No entanto, eles possuem, em média, entre 30 e 50 m2.
Segundo dados da Imobi Report, só em São Paulo, mais de 5 mil studios foram lançados nos primeiros cinco meses de 2022. Se compararmos com a quantidade desse tipo de imóvel que foi lançado seis anos atrás, trata-se de mais de 100x mais (foram lançados apenas 30 studios em 2016). Isso representa um share (ou seja, uma participação no mercado) de 50,8% dos lançamentos do período. Então, atualmente, mais da metade dos novos imóveis possuem até 50 m2.
Há vários fatores que explicam essa nova tendência. Como todo comportamento mercadológico, são inúmeras as variáveis que contribuem para isso: mudança na renda do consumidor (no caso, atrelado à inflação e à perda da capacidade aquisitiva), busca pelo novo e propensão à inovação, desejo de mudar de apartamento, entre outros.
Segundo o IBGE, uma das causas para essa tendência pode ser o aumento no número de pessoas que decidiram morar sozinhas nos últimos anos. A pesquisa do Instituto revela que, nos últimos anos, esse perfil de pessoas cresceu 43,7%. Em número absoluto, trata-se de mais de 11 milhões de brasileiro e brasileiras.
Pessoas que moram sozinhas o fazem por uma série de motivos. Cada uma com suas motivações e condições financeiras, o que as une é a necessidade de pouco espaço e de poucos cômodos. As prioridades deixam de ser o apartamento em si e se tornam a localização (e a proximidade ao transporte público), preço e outros critérios.
Um perfil de consumidor curioso é a chamada geração canguru. Esse termo define “o grupo de jovens entre 25 e 34 anos que ainda moram na casa dos pais”, segundo a CEUB. De acordo com o IBGE, trata-se de 25% das pessoas dessa faixa etária, sendo que, dessa fatia, 60% são homens que vivem no Sudeste. Isso pode explicar a mudança para apartamentos menores, geralmente visados por jovens solteiros ou casados, mas ainda sem filhos. Sem falar que essas pessoas tendem a passar menos tempo em casa, e reconhecem no lar apenas um lugar para descansar (novamente, não é prioritário).
Essa mudança comportamental, que foi percebida pelo mercado e resultou no aumento do lançamento de studios e microapartamentos, resultou em um aumento de 14,9% nas vendas de imóveis na cidade de São Paulo. Comparou-se as vendas feitas entre junho de 2021 e maio de 2022 com o mesmo recorte dos anos anteriores. Em números absolutos, foram vendidos 69.614 imóveis.
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